domingo, 7 de maio de 2017

Teste do Tubo de Kundt

Na tarde de sexta-feira (05/05), no laboratório de Física B Prática, ministrada pelo Professor Mestre Targino Amorim, foram feitos os testes do Tubo de Kundt com as bolinhas de isopor. Infelizmente, não obtivemos o sucesso esperado para mostrar os nós das ondas no tubo, devido às bolinhas de isopor estarem desproporcionais umas das outras em relação ao tamanho; para que o funcionamento fosse satisfatório, seria necessário que as bolinhas de isopor fossem menores e mais uniformes (Figura 1 e Figura 2).


Figura 1. Teste do tubo de Kundt com as bolinhas de tamanhos antagônicos.
Fonte: Autoria Própria

Ao final da tarde, separamos novas bolinhas de isopor menores para realizar o experimento do tubo, objetivando o sucesso do projeto, que irá ser apresentado na segunda-feira (08/05).

Figura 2. Nova cota das bolinhas de isopor de tamanhos menores.
Fonte: Autoria Própria

terça-feira, 2 de maio de 2017

Utilização de um êmbolo móvel no Tubo de Kundt

Haja vista a necessidade de produzir ondas estacionárias no Tubo de Kundt, foi elaborado um êmbolo móvel composto por um cilindro 30mm x 55mm de tarugo de nylon com uma haste de alumínio 500mm x 9,7mm que foi fixada por interferência (Fig. 1).

Figura 1. Êmbolo utilizado no tubo de Kundt.
Fonte: Autoria Própria
Em tubos fechados, onde umas das extremidades é aberta e a outra é fechada, há um obstáculo para a onda que inverte apenas o sentido da mesma (reflexão), dessa forma ocorrerá uma interferência da onda incidente com a refletida, resultando em ondas estacionárias.
Como já foi exposto em publicação anterior, as ondas estacionárias possuem alguns elementos como o comprimento de onda (λ), ventres (V), nós (N) e os harmônicos (para tubos fechados, corresponde a distância entre um ventre e um nó consecutivo que equivale a um quarto do comprimento de onda). Para tubos fechados existe uma relação em que o comprimento do tubo (L) é igual a um quarto do comprimento de onda (λ) multiplicado pelo número do harmônico (i) onde, devido as configurações simétricas das ondas em seu interior, os harmônicos fornecidos são apenas os ímpares, dessa forma, infere-se a expressão (λ=4L/i).
Isto posto, depreende-se que o êmbolo móvel é de grande importância para o projeto pois ele promove a reflexão da onda e modifica as características do sistema (antes do êmbolo, o tubo era aberto; após, passa a ser fechado) e, ao variar o comprimento do tubo, ele permite que a uma certa frequência (f) e comprimento de tubo (L) haja a formação das ondas estacionárias e consequentes harmônicos e com isso, através da manipulação de fórmulas (conhecendo a equação da ondulatória (v=λ×f) onde "v" é a velocidade da onda, e a expressão exposta anteriormente), é possível determinar algumas incógnitas como a frequência que pode ser expressa pela equação (f=(i×v)/4L), comprimento de onda e velocidade da onda, a depender dos dados conhecidos e dos quais desejam-se obter em um dado problema.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Orçamento para a construção do Tubo De Kundt

Para a realização do projeto, a compra de alguns materiais foi necessária para execução do protótipo, dos quais estão listados no quadro 1, abaixo, com os preços e estimativas.
QUADRO 1: ORÇAMENTO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DO TUBO DE KUNDT
MATERIAL
QUANTIDADE
PREÇO R$
Tubo de acrílico 1000(mm) x60(mm) x2(mm)
1
160,00
Tarugo de nylon branco redondo 55x30(mm)
1
5,00
Bolas de isopor com diâmetro de 1mm (500g)
1 saco
13,50
Cabo de alumínio 50cm
1
1,00
Cabo de conexão do autofalante com o gerador de ondas. (1,2m)
1
2,00
Alto-falante compatível com o tubo de acrílico
1
-
Gerador de Ondas
1
-
Fita métrica
1
2,00
Suporte
1
-
Valor total estimado
184,50 reais
Fonte:Autoria Própria

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Etapa de Separação das Bolinhas

Na tarde desta segunda-feira (24/04), durante a aula de Física B Prática, ministrada pelo Professor Mestre Targino Amorim, foi dado o primeiro passo da etapa de montagem do Tubo de Kundt. Esse passo consistiu na separação minuciosa e precisa das bolinhas de isopor que serão utilizadas dentro do tubo (Fig. 1 e Fig. 2)

Fig. 1 Equipe executando a separação das bolinhas durante a aula. Participantes esquerda para a direita: Lucas Ramaccotte, Jonatas de Oliveira, Matheus Navarro e Igor Mateó. Imagem autoral.

Fig. 2 Parte do processo de análise e separação das bolinhas de isopor em andamento. Imagem autoral.

Essa etapa é de suma importância na construção do projeto, pois o tamanho das bolinhas de isopor interfere na realização do projeto completo, assim, quanto menores forem as bolinhas, melhor será o efeito visual das ondas estacionárias sobre elas. Essas ondas, emitidas em um alto-falante em uma das extremidades do tubo, propagam-se pelo fluido (nesse caso, o ar) e redistribuem as bolinhas conforme sua frequência.

Nota: Os próximos passos de montagem serão executados conforme previsto no cronograma.

sábado, 22 de abril de 2017

A Teoria envolvida no tubo de Kundt

Como citado anteriormente, os fenômenos que serão verificados dentro de um tubo de Kundt são as ondas estacionárias. Elas ocorrem quando uma onda é sobreposta por ela mesma por ter sido refletida em uma superfície, o que faz ela voltar com sentido inverso. Este fenômeno pode ser observado na imagem animada abaixo (Figura 1).

Figura 1. As ondas azul e vermelha são, respectivamente, as ondas gerada e refletida. Já a preta é a representação da interferência entre as outras duas.
Fonte: Giphy. Disponível em: <https://giphy.com/gifs/wave-waves-form-cH5qB4vqM8NoI/>


As ondas estacionárias possuem alguns elementos que precisam de alguma análise. Como é possível perceber, ainda na figura acima, existem momentos em que ambas as ondas (azul e vermelha) se sobrepõem sem diferença alguma de fase, ou seja, ficam literalmente sobrepostas, a representação de suas interferências passa a possuir uma amplitude maior (interferência construtiva), o nome dado a esta área é ventre. Podemos perceber também, ainda na Figura 1, que quando as ondas se sobrepões com amplitudes opostas, a representação de suas interferências é nula (interferência destrutiva), o nome dado a esta área é nó. A Figura 2, abaixo, demonstra esta aplicação em ondas estacionárias.

Figura 2. Representação de uma onda estacionária onde "λ" é o comprimento de onda, "V" são os ventres e "N" são os nós.
Fonte: Domiciano Correa Marques da Silva. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas-estacionarias.htm>

Outro elemento pertencente as ondas estacionárias são os harmônicos, que nada mais são que a distância entre dois nós. É possível perceber também que existe uma relação entre número de harmônicos (n) e comprimento de onda (λ), onde "λ" é igual a metade de "n", a Figura 3, abaixo, traz estas representações. Vale salientar que, no tubo de kundt, o material utilizado para visualizar as ondas (no caso deste projeto, bolinhas de isopor) ficará concentrado nos locais onde não existe transmissão de energia, ou seja, entre os harmônicos.

Figura 3. Representação dos harmônicos em uma onda estacionária.
Fonte: Anderson Guimarães Guedes. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172015000200017>

Em reuniões realizadas com professor orientador foi-nos passado que o objetivo deste projeto seria, a partir da observação do tubo de kundt e do cálculo necessário, responder a ele qual a frequência que foi posta no gerador de frequência, onde foi-nos passado as seguintes equações, lembrando que o meio no qual as ondas sonoras irão se propagar é o ar.

Equação 1. Equação da velocidade de uma onda que relaciona o comprimento e a frequência da onda.
onde v = velocidade; λ = comprimento de onda; f = frequência.

Equação 2. Equação da velocidade de uma onda que relaciona as Equações 1 e 2.
onde v = velocidade; B = módulo de elasticidade do ar; ρ = densidade do ar.

Desta forma, como ambas as equações determinam a velocidade, podemos iguala-las, o que nos dará a equação a seguir.

Equação 3. Equação da velocidade de uma onda que relaciona as Equações 1 e 2.

Ou seja, temos que a raiz do módulo de elasticidade do ar sobre a densidade do ar é igual ao comprimento da onda multiplicado pela frequência da mesma. Os valores de módulo de elasticidade e densidade do ar são tabelados e o comprimento da onda pode ser obtido a partir da relação, citada anteriormente, existente entre número de harmônicos e comprimento de onda, sendo assim, como pode ser visto abaixo, teremos como equação final, deixando a frequência isolada, o seguinte.

Equação 4. Equação 3 após o isolamento da frequência.



Referências:
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física - GravitaçãoOndas e Termodinâmica. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, vol.2, 2012

sábado, 15 de abril de 2017

Um pouco de Teoria: Ondas

Para entender um pouco mais sobre o tubo de Kundt, deve-se entender a teoria envolvida nele e conhecer um pouco mais sobre alguns conceitos, como o de ondas, que nada mais são do que tipos de oscilações periódicas que são subclassificadas em três categorias:
  • Ondas eletromagnéticas: Fenômenos oscilatórios resultantes da interação do campo elétrico com o campo magnético e que não precisam de um meio material para se propagar;
  • Ondas mecânicas: Fenômenos que envolvem a propagação da energia, cinética e/ou potencial, sendo que esta propagação depende do quanto o meio no qual se propaga é elástico; por este motivo, elas precisam de um meio material para se propagar;
  • Ondas materiais: Em geral, são mistas das ondas eletromagnéticas e das mecânicas e possuem a capacidade de propagar partículas subatômicas. 
Como as ondas no tubo de Kundt são geradas por um alto-falante, sabemos que se tratam de ondas sonoras. Sabe-se que ondas sonoras necessitam de um meio material para se propagar (como o ar), então será apresentado um pouco mais sobre as ondas mecânicas. As ondas mecânicas também possuem sua subclassificação: podem ser transversais, ondas cuja oscilação não é paralela à direção de propagação da onda (Figura 1); ou longitudinais, ondas cuja oscilação é paralela à direção de propagação da onda (Figura 2). Tanto as ondas transversais quanto as longitudinais são chamadas de ondas progressivas pois possuem a capacidade de transmitir oscilações mecânicas progressivas mesmo que o meio no qual ela se propaga não se propague.

Figura 1Onda transversal, onde a perpendicularidade é perceptível a partir da oscilação que ocorre em um eixo cartesiano diferente da propagação da onda.
Fonte: Prof.Dr. Janio Itiro Akamatsu et al. Ondas transversais e longitudinais. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Ondas.htm#Ondas_transversais_e_longidutinais._0>


Figura 2. Onda longitudinal, onde o paralelismo entre a oscilação e a propagação da onda é perceptível pois ambas ocorrem no mesmo eixo. As áreas de compressão e rarefação também ajudam nessa percepção.
Fonte: Prof.Dr. Janio Itiro Akamatsu et al. Ondas transversais e longitudinais. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Ondas.htm#Ondas_transversais_e_longidutinais._0>

As ondas podem sofrer algumas alterações como mudança de velocidade, mudança de direção, mudança de sentido etc. Estas alterações ocorrem quando a onda encontra um determinado obstáculo, como, uma parede ou um outro meio material. Estes comportamentos são explicados pelos fenômenos ondulatórios, apresentados a seguir:

1) Reflexão: Fenômeno que ocorre quando uma onda encontra um obstáculo, invertendo apenas o seu sentido (Figura 3). É a partir deste fenômeno que as ondas estacionárias dentro do tubo de Kundt irão ocorrer.

Figura 3. Demonstração da reflexão de uma onda.
Fonte: José Carlos Fernandes dos Santos. Fenômenos Ondulatórios. Disponível em: <http://educacao.globo.com/fisica/assunto/ondas-e-luz/fenomenos-ondulatorios.html>


2) Refração: Fenômeno que ocorre quando a onda encontra um obstáculo e o ultrapassa, passando a se propagar em um outro meio. Esta mudança do meio de propagação gera uma diferença de velocidade, e, por este motivo, uma diferença no comprimento de onda. Este fenômeno, geralmente, modifica também a angulação do raio refratado com a direção normal, como pode ser visto na Figura 4 abaixo:

Figura 4. Demonstração da refração de uma onda. A direção normal é aquela perpendicular à superfície que separa os meios 1 (azul) e 2 (verde).
Fonte: José Carlos Fernandes dos Santos. Fenômenos Ondulatórios. Disponível em: <http://educacao.globo.com/fisica/assunto/ondas-e-luz/fenomenos-ondulatorios.html>


3) Difração: Fenômeno que ocorre quando uma onda encontra um obstáculo que possui uma fissura, por exemplo. Desta forma a partir daquela abertura, a onda se comportará como uma fonte pontual de onda que tende a se espalhar do outro lado (Figura 5).

Figura 5. Demonstração da difração de uma onda.
Fonte: José Carlos Fernandes dos Santos. Fenômenos Ondulatórios. Disponível em: <http://educacao.globo.com/fisica/assunto/ondas-e-luz/fenomenos-ondulatorios.html>


4) Absorção: Fenômeno que ocorre, normalmente, com uma onda a partir do atrito que esta tem com o meio. Desta forma, parte da energia da onda é capturada pelo meio no qual ela está passando, o que diminui a amplitude da onda e a distância alcançada (Figura 6). Um bom exemplo para a absorção das ondas, são as regiões mais profundas do mar, onde a luz não alcança já que ela foi perdendo energia para o meio (água) de acordo com a distância percorrida (profundidade).

Figura 6. Demonstração da absorção de uma onda quando esta passa por um meio hipotético que possui atrito.
Fonte: Algo Sobre. Ondas. Disponível em: <https://www.algosobre.com.br/fisica/ondas.html>





Referências:
TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros - Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. 5.ed. LTC, 2006. 

HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física - GravitaçãoOndas e Termodinâmica. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, vol.2, 2012

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Tubo de Kundt: O que é?

No tubo de Kundt, utilizando-se de um tubo de acrílico transparente disposto horizontalmente, são produzidas ondas estacionárias de uma forma longitudinal através da vibração emitida por um alto-falante em uma determinada frequência com o auxílio de um gerador de energia. Essas ondas irão redistribuir as bolinhas de isopor, contidas no seu interior, conforme suas configurações, exibindo pontos máximos (ventres) e mínimos (nós) que podem ser facilmente identificados visualmente. Sabendo-se a distância entre esses ventres e a frequência da onda gerada, pode-se determinar a velocidade de propagação do som no ar. Neste tubo, em uma extremidade, haverá um pistão que possibilitará a variação de comprimento das ondas emitidas pela outra extremidade (onde se encontra o alto-falante). A teoria envolvendo ondas, e associando-a ao tubo, será abordada posteriormente.

Fonte: Marisa Almeida Cavalcante. Novas tecnologias no estudo de ondas sonoras. Caderno Brasileiro, Ensino Física, v. 30, p. 579-613, dez. 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2013v30n3p579/25604>